Nova – ezine de FC e Fantasia nº 3, por Marcelina Gama Leandro
Editor, revisor e paginador: Ricardo Loureiro
Co-editor: Nuno Fonseca
São vários contos que perfazem esta ezine, entre eles nomes sonantes da literatura da FC portuguesa. Uma pequena analise a cada conto.
O ANIMAL – Nuno Fonseca
O primeiro conto começa com uma cena muito caricata, entre dois “homens” que acabam de assassinar uma bonita moça. A escrita tem o seu interesse, pois não é directa, e nem tudo nos é contado de imediato. O conto desenrola-se como se fosse uma peça de teatro a que estamos a assistir e vemos as várias personagens a tomar o seu lugar.
Lentamente a história começa a tomar ritmo e as personagens de normais não tem nada, ao tempo que a história se desenvolve ficamos curiosos por saber mais. O conto pode e deve ser desenvolvida, talvez para uma quarta Nova, pois parece-me que termina um pouco repentinamente, no ponto alto da acção.
O ESQUEMA NIGERIANO – Richard A. Lovett
Um ciclista famoso após um aparatoso acidente passa os seus dias no computador e a ver televisão. A sua vida vai tomar um rumo bastante diferente quando ao ler o seu email encontra mais um que tão bem conhece como sendo o esquema nigeriano. Alguém “do outro lado do mundo” oferece uma quantia de dinheiro extraordinária em troca de fazer sair do país alguns largos milhões. Neste caso sabendo do que se trata e sendo este mail tão diferente do habitual, decide responder.
Uma escrita um pouco ligeira de mais para o meu gosto, mas que cativa e que consegue surpreender. Na minha opinião seria quase brilhante se tivesse terminado 2 paginas antes. Por vezes é uma mais valia deixar certos pormenores por explicar.
O POVO DO LIVRO – João Ventura
Um povo. Um livro que conta a historia do povo. E uma tradição: nunca esquecer o as historias do povo.
Simples mas muito bem escrito. Um conto muito curto (cerca de dez páginas) e o qual gostei bastante. Mais uma vez achei que há ali “pano para mangas” que pode ser muito desenvolvido e aproveitado. É também o que menos tem de FC/Fantasia até agora, o que se torna uma mais valia para a revista por ser variada.
Anjo do Scream – Douglas Smith
Num sistema galáctico diferente do que nos conhecemos, os humanos tomaram conta de vários planetas, assassinando e escravizando os vários povos Indígenas. O herói fez parte da tropa de elite – RIP, encontra-se fugido como traidor e vai envolver-se numa luta por aquilo que ele mais precisa.
O conto está interessante e deu-me bastante prazer a ler. Acho que peca por ter muuuuuuitos clichés.
Gosto que me surpreendam, e ali sinto um final demasiado… americano.
Brinca comigo! – João Barreiros
Este conto conta a historia de uma Horda de biobrinquedos que há 10 anos “migram” em direcção ao Alvo. Com o desgaste de anos, todos os sistemas mecânicos e orgânicos dos brinquedos, estão gastos e exaustos numa luta e certeza de estarem prestes a chegar ao Alvo.
Foi um conto que não achei que começasse muito bem, mas que o desenrolar e a escrita cativou. Um conto que foi bem mais trabalhado que os outros, está bem conseguido a nível de escrita. Falha num final óbvio e de localizarem a acção… em Lisboa.
publicado originalmente no blog Muito para Ler
‘Os Anos de Ouro da Pulp Fiction Portuguesa’
“Poucos o sabem, mas a literatura de pulp fiction, que marcou toda a cultura popular dos EUA na primeira metade do século XX, também esteve presente em Portugal, e em força.
Houve um tempo em que heróis mascarados corriam as ruas de Lisboa à cata de criminosos; em que navegadores quinhentistas descobriam cidades submersas e tecnologias avançadas; em que espiões nazis conduziam experiências secretas no Alentejo; em que detectives privados esmurrados pela vida se sacrificavam em prol de uma curvilínea dama; em que bárbaros sanguinários combatiam feitiçaria na companhia de amazonas seminuas; em que era preciso salvar os colonos das estações espaciais de nome português; em que seres das profundezas da Terra e do Tempo despertavam do torpor milenário ao largo de Cascais; em que Portugal sofria constantes ataques de inimigos externos ou ameaças cósmicas que prometiam destruí-lo em poucas páginas, antes de voltar tudo à normalidade aquando do último parágrafo.”
Drácula Libertado – Brian Aldiss, Caminho FC, nº 165 (1994)
Dracula Unbound (1991). Capa de Henrique Cayatte.
O tempo dos duendes – Clifford D. Simak
Colecção Argonauta nº 148, Livros do Brasil, Agosto 1969, The Goblin Reservation, 1968. Capa de Lima de Freitas.
Uma conferência em Lisboa
O Despertar da Magia
O Despertar da MagiaAutor: George R.R. Martin Data de Publicação: 2008 Editora: Saída de Emergência Páginas: 416 ISBN: 9789896370480 Sinopse
Quarto volume de As Crónicas de Gelo e Fogo, a saga de fantasia mais vendida, elogiada e premiada dos últimos 50 anos, e a única obra de fantasia a conseguir o primeiro lugar do Top do New York Times.Esta é uma saga de grande fôlego, que vai buscar à realidade medieval a textura e o pormenor que conferem dimensão e crueza a um universo de fantasia tão bem construído que faz empalidecer a Terra Média de Tolkien. Martin é um especialista na manipulação das expectativas dos leitores e, profundo conhecedor do género, não deixa de estender sucessivas armadilhas com as quais desarma os tropos que o leitor pensa reconhecer a cada página. O épico de fantasia que toda a Fantasia Épica gostava de ser.
Para quem ainda não conhecer esta série – As Crónicas de Gelo e Fogo – estamos a falar de uma das séries com mais sucesso nos últimos anos, alguns chegam mesmo a compará-la a O Senhor dos Anéis do J.R.R. Tolkien. Obviamente isto é discutível, mas o que se pode dizer com certeza é que é uma belíssima obra que tem cativado milhões por todo o mundo, uma obra de fantasia numa época medieval, com um enredo que se baseia em casas senhoriais e em lutas pelo poder e pelo reino. Numa primeira análise e até ao final do segundo volume, podemos dizer que se trata de uma obra passada na época medieval, sem que se identifique o território onde esta se desenrola, mas Martin introduz os dragões no fim o que nos remete para uma obra de fantasia.As traduções de cada livro estão a dar origem a dois volumes na edição portuguesa. O autor neste momento acaba de editar o quinto livro da série que será composta por sete, por cá temos 8 livros publicados pela Saída de Emergência, onde a primeira parte do quinto livro saíra no dia 9 de Setembro.Recentemente o primeiro e segundo livro, da edição portuguesa, foi adaptada para televisão dando origem a 12 episódios daquela que será a primeira série, já exibida nos Estados Unidos e que é bastante fiel à obra que lhe está na origem, apesar de terem sido feitas alterações para melhor adaptar e fazer funcionar a história no pequeno ecrã.Em o Despertar da Magia (quarto livro na edição portuguesa), segunda parte do livro do Fúria dos Reis no original, o enredo centra-se nas batalhas que se travam por todo o reino. Com vários pretendentes ao trono os apoios das casas senhoriais vão mudando em função das melhores ofertas. A casa de Theon Greyjoy assumirá uma importância crescente neste livro, assim como a própria personagem terá pela primeira vez capítulos dedicados a ele. Tyrion Lannister é sem dúvida uma das personagens mais divertidas da série (funcionando como uma espécie de alter ego do autor). Catelyn Tully reforça a sua importância, demonstrando ser uma mulher impressionante que tem aqui um duplo papel, de mulher e mãe que tudo fará para apoiar os seus filhos. Catelyn toma Brienne of Tarth como sua cavaleira, outra personagem forte e com características pouco comum. No norte Bran Stark recebe visitas e faz novas amizades começando a descobrir que os sonhos que tem, são muitos mais que meras lucubrações do inconsciente.A Patrulha da Noite avança para lá da muralha para descobrir que mistérios rodeiam quer os outros quer os selvagens. Jon tal como Sam vão na expedição, protagonizando um sem números de aventuras que passarão a ser o dia a dia dos jovens patrulheiros.
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